Eis me aqui perdido num turbilhão de sentimentos. Amor. Solidão. Dor. Choro. Vencer. Sonhar. Prender-te aqui dentro e amar-te. A noite, eterna companheira inseparável, sempre presente nos momentos que queria esquecer. Mas...lembro que te amo, e esses momentos, eu recordo com felicidade. Serão momentos ou.... lembranças eternas... sentimentos ternos. Desejo. Quimera, talvez! Choro por ainda não te ter. Morro, sofro… sofro!
No quarto a luz do candeeiro fita-me da sua altivez e parece querer dar-me um sinal através da sombra que paira do meu lado sombrio... o meu destino. Negra. A vida... Que vida? Que destino? Onde estarão. Existem? Não os vejo... alguma vez os vi? Ou acreditei que já os teria encontrado? Nunca! Sempre. Interrogo-me com perguntas inquestionáveis a mim próprio... atormento-me com estes jogos de quebra-cabeças diabólicos, assustadores. Que propósito será o meu? Porque respiro? Porque vivo? Porque existo? Porquê...porquê.
A almofada, fiel como sempre, puxa-me e tenta me fazer ouvir os seus conselhos sábios, e a tormenta acalma-se. Fugiu por entre a noite e no brilho das estrelas vi-te e sorri. Paixão. Meu anjo. Sei agora... está escrito nelas, que o nosso destino é nosso, e dos dois somente será. Meu e teu, teu e meu. Nosso…
A luz das estrelas fez me recordar, teu sorriso resplandecente, teu olhar luminoso, que banha e queima minha alma, que arde de desejo pelo toque do teu beijo.
Lembrei o quanto me amas e quanto te quero e sorriu de novo. Recordei tudo. A dor foi-se... Perdeu! Nosso Amor venceu uma vez mais. Agora a vontade de dormir pode vir, pois junto a mim irá repousar uma Esperança. A esperança de te ter. Te amar. Te amar....
A luz do candeeiro despede-se de mim, a almofada diz até amanha e caiu no sono profundo, esperando que um sonho pegue-me e leve-me nas suas asas para lá... a terra dos sonhos impossíveis que um dia serão possíveis... o nosso sonho.
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